Confira os principais produtos de SC afetados pelo tarifaço de Trump
Segmentos de autopeças, motores, confecções, carne e papeis devem ser atingidos.

A Federação das Indústrias de SC (FIESC) está analisando a fundo o decreto que taxa em 50% as exportações brasileiras para os Estados Unidos pelo presidente Donald Trump e suas exceções para avaliar o impacto para o setor industrial catarinense. A medida, que já era dada como certa, não surpreendeu o setor, que defende uma atuação diplomática do governo brasileiro.
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“Esperamos que haja serenidade e diplomacia no trato dessa questão por parte do governo brasileiro para evitar outras medidas penalizadoras sobre a produção brasileira”, afirma o presidente da entidade, Mario Cezar de Aguiar.
Nesta quinta-feira (31), a Fiesc realiza uma live em que apresenta o resultado da pesquisa feita com empresas exportadoras do estado e terá uma análise mais aprofundada da medida. O tarifaço atinge em cheio diversos setores estratégicos de Santa Catarina, estado que mantém forte relação comercial com o mercado norte-americano.
No Norte do estado, os principais segmentos atingidos são autopeças, compressores, motores elétricos, confecções, móveis e eletrodomésticos. No Vale do Itajaí, confecções, transformadores e a indústria náutica, com destaque para os iates, serão impactados. Já no Meio-Oeste, as perdas devem atingir os setores moveleiro, de papéis e gelatina. O Oeste verá efeitos nas exportações de carne suína e máquinas industriais, enquanto o Extremo-Oeste será afetado com a taxação sobre móveis de alto padrão e produtos lácteos.
O Sul do estado também entra na lista de regiões atingidas, com destaque para os segmentos de revestimentos cerâmicos, metais e moda. Na Grande Florianópolis, os prejuízos devem recair sobre empresas de tecnologia, softwares, equipamentos, nanotecnologia e iates de luxo.
Entre os principais produtos que Santa Catarina exporta para os Estados Unidos, e que agora estarão sujeitos à nova tarifa, estão madeira em forma, móveis diversos, madeira compensada, acessórios para veículos, carne suína, compressores de ar, cerâmica não vitrificada, gelatina, MDF, recipientes de papel, transformadores elétricos, bombas de líquidos, preparo de couro bovino e equino, suco de frutas e madeira densificada.
Diante do cenário, a Secretaria de Estado da Fazenda informou que está desenvolvendo um projeto para mitigar os impactos da medida e oferecer suporte às empresas catarinenses afetadas. Os detalhes da proposta serão apresentados ao governador nos próximos dias.
Fonte: OCP News
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